segunda-feira, 2 de maio de 2011

a quem interessar possa...

começamos as gravações do meu primeiro disquin!

depois de alguns meses entre: decidir fazer um disco, pensar em tudo que eu teria a dizer para as pessoas através da música, definir um repertório e compor todo este repertório (!), elaborar a fórmula de cada musiquinha de acordo com aquilo que é verdadeiro para mim e estruturar o enredo do disco como um todo, sendo completamente fiel à essência "JuliaBosco", finalizamos a pré-produção e fomos para o estúdio começar a produzir a bolachinha da alegria...

o resultado desta primeira etapa está realmente incrível. até agora, já gravamos para todas as faixas deste disco, que se chamará TEMPO, nome da música que o encerrará: 
baixos, com o Lancaster Pinto; pianos, com Gê Fonseca; bateria e percussão, com Ronaldo Silva.

gente, numa boa, ficou muito lindo!

o bacana deste trabalho é que ele é praticamente todo autoral. das 14 faixas, eu compus 10 em parceria com o músico Fabio Santanna, que inclusive é o produtor deste disco (que tem co-produção do Plínio Profeta), guitarrista e também meu supermarido (ô sorte!).

semana que vem eu coloco as vozes, o Fabinho grava as guitarras e o Marlon Sette ataca com a galera dos arranjos de metais. ou seja: vem coisa fina por aí, galera! muito groove, muita emoção e  muito amor.

vou dando notícias ao longo do percurso.

beijos em todos.

e segue o som!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ah, Julia Bosco! Toda se querendo, hein...

Fui fazer teste de make para a capa do meu disco com a querida e supertalentosa fotógrafa, Camilla Maia. Gostei tanto de uma foto, que vou postar aqui só pra "fazer a bunita"! Curtiram? Beijos da Turca =)

Julia Bosco por Camilla Maia

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

stop! a vida parou, ou foi o automóvel?

escrevi um poeminha de amor hoje mais cedo e recebi duas críticas similares, que me levaram ao seguinte questionamento: o que será que vocês pensam sobre mim?

uma me disse que eu levo mais jeito para falar de assuntos que envolvam um divã e alguns remédios controlados. outra disse: pura balela, você não tem nada de ciumenta, você é uma pragmática sem remédio.

relôou! alguém aí me conhece o mí-ni-mo? sou uma romântica praticante convicta, insegura, estabanada e ciumenta, como manda o figurino.

não acredita? então pergunta para o meu analista quanto Rivotril eu tive que tomar por conta disso.

melhorou?

Um poeminha para Fabio Santanna


"Você diz que o ciúme é tolice
Mas ciúme é só medo, meu bem
É o medo de ver quem se ama
Passear pelas mãos de outro alguém

Você diz que brigar é bobagem
E que as brigas só trazem rancor
Então fala: onde eu guardo os excessos
Desse tanto que sobra de amor?

Eu afirmo: não é falta de crença!
Nem tampouco um drama infantil
É vontade de ter para sempre
Um amor como nunca se viu

E se é chato para um e o outro
É pior para quem sente assim:
Que a pessoa a quem eu sufoco
Também é um pedaço de mim

Eu te peço perdão pelos erros
Mas te digo: eles não cessarão!
Porque onde existir a verdade
O amor e o ciúme estarão"


  Coração

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Todo mundo precisa de um lorão pra ser feliz...

das poucas coisas que sei, de algumas eu tenho a impressão que sempre soube.

eu sempre soube, por exemplo, que ela era uma mulher especialmente diferente das outras, de um tipo mais parecido comigo, com aquela coragem de olhar para dentro e encarar sem medo o bonito e o feio.
eu sempre soube também que seríamos grandes amigas e, mesmo num curto período em que não estivemos muito amigas, fomos bem amigas.
e tudo dela é mais fácil para mim agora. aliás, deve ser também por termos sobrevivido a uma pequena crise, que o meu carinho por ela só cresce. mas cresce tanto, que para dimensionar esse amor que sinto pela minha amiga, Carol Rheinheimer, só explicando assim:

o tanto que eu gosto dela é proporcional à quantidade de vezes que escrevi errado aqui seu sobrenome...

lorão mais querido da minha vida, obrigada por tudo, tudo, tudo: pelos conselhos, pelo carinho, pela alegria, pela dispô, pelo chimarrão, pelos amigos, pela música, pelas madrugadas, pelos 'apple-supports-24/7', pelas visitas e, principalmente, pelo perdão!

te amo, viu?

(mas ô nomezinho difícil de se aprender)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

dá uma passadinha lá, vai!

o que é o que é?



só liga no meio do dia
quando você não está
inventa um motivo, uma história
tem sempre um assunto a tratar
não esquece o que eles faziam
nem consegue se desapegar

o passado e mais tudo que tinha
só pensa em recuperar


é a ex!

a ex tem mil clichês
mas a ex já não tem vez
à ex só resta entender
que virou freguês

e fim de papo.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

as voltas que o mundo dá...

Fabinho Santanna e Julia Bosco

eu tenho menos talento para jogos e competições do que qualquer outra pessoa que conheço. sou do tipo que desiste muito facilmente, não topa desafios e detesta disputas.

talvez por isso seja tão engraçado, fazendo um exercício reflexivo, voltar aqui ao blog e ler os posts anteriores que falam do sorvete e dos sinais verdes.

pois bem, os dois foram publicados por causa de um homem, o mesmo homem, que quando conheci me tirou de uma só vez o sossego, o chão e as paredes. um homem que me fez tão inquieta e tão curiosa, que, pela primeira vez na vida, eu aceitei entrar no jogo e ver no que dava.

e não é que eu ganhei?

vou me casar com ele.

love you, baby.

na foto: Julia Bosco e Fabinho Santanna, o love.

sábado, 28 de agosto de 2010

Tomei Doril...


Ah, eu não queria ficar tão longe assim daqui... Gosto muito dos meus desabafos e derramamentos desalinhados explícitos!

Mas entre cantar, trabalhar e até ficar noiva (essa é fresquinha), meu tempo anda bem curto para alimentar o blog...

Assim que der eu volto com tudo!
Avante, companheiros.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Onda verde? Hoje não!


Ninguém precisa ler as coisas que eu escrevo. Mas eu preciso escrever as coisas que eu penso, senão elas crescem e me atormentam à noite.
Como sempre cito por aqui, eu faço análise há tempos. Não tenho um psicólogo, tenho sim um grande psiquiatra, que me ouve, me fala, me trata e, principalmente, prescreve remedinhos que seguram o monstro um pouco mais calmo dentro de mim.
Ah, o monstro. O monstro é o meu maior pedaço. Ele é o guardião supremo de todas as minhas neuroses. Ele sou eu todinha pelo lado de dentro: carne e sangue, alma e trauma.
E o post de hoje vem justamente falar de trauma. Porque até onde o meu leigo conhecimento sabe, de forma bastante reduzida e simplória, o trauma psicológico é um tipo de dano emocional que ocorre como resultado de algum acontecimento. E quando o trauma conduz a um certo nível de estresse, pode envolver mudanças físicas no cérebro que, consequentemente, podem afetar o comportamento e o pensamento da pessoa a partir dele. Um evento traumático pode envolver uma única experiência ou uma série delas, que afetarão a maneira de o indivíduo lidar com idéias ou emoções envolvidas com aquela experiência específica em razão dele.
Pois bem. O que se tenta encontrar na terapia é a raiz dos traumas. Só assim se pode enfrentar a questão que originou o problema e tentar minimizar seus danos. Mas este é um trabalho difícil, doloroso e, principalmente, demorado. Por essa razão eu resolvi vir aqui hoje. Acho que acabei de descobrir, em tempo, o surgimento de um novo trauma!
Não faz muito tempo vivi uma experiência curiosa. Havia conhecido uma pessoa que estava começando a se tornar importante, naquela fase onde a gente vê sinais em tudo e qualquer coisa serve como prenúncio de felicidade, e dei de pegar, indo ao seu encontro, um longo percurso Gávea - Copacabana com todos os sinais abertos, bem verdinhos, indicando para mim que aquela onda verde significava caminho livre para a felicidade. Pois o fato não passou despercebido e sinais verdes tornaram-se uma espécie de subtítulo para aquela experiência afetiva até então feliz.
Como já era esperado, embora seja difícil admitir, tudo não havia passado de uma grande confusão (da minha parte, obviamente) e aquela experiência, na verdade, era apenas um evento isolado. O percurso Gávea – Copacabana significava ir do nada a lugar algum, e aqueles sinais verdes eram pura ilusão. Durante alguns dias relutei a acreditar insistindo: mas estavam todos verdes, o que foi que aconteceu? E como a resposta nunca veio, recalquei os sentimentos, escondi bem as feridas e senti raiva, muita raiva daqueles mentirosos sinais abertos, brilhantes e absolutamente verdes.
Agora vem a parte curiosa: estou hoje saindo do trabalho como de costume, pronta para encarar o trânsito da Praça da Bandeira, o caos do Túnel Rebouças e os sinais fechados da Rua Jardim Botânico, quando nada disso acontece. O tráfego está livre, o túnel quase vazio, e os sinais todos abertos para mim. No momento em que me dei conta de estar novamente no meio de uma grande onda verde, fui tomada de assalto por uma crise de ansiedade que me obrigou a parar o carro no posto da PIO XI: o ar faltou, a perna tremeu, o estômago revirou, e eu entendi tudo: eis aqui mais um trauma, tinindo de tão novinho, pronto para ser encarado de frente, antes que fique sólido e se estabeleça no reino do monstro. A onda verde, que outrora trazia esperança, surgiu como a certeza de que alguma dose de sofrimento anunciava aproximação, e o corpo logo reagiu tentando se defender. Impressionante...
Mas nada disso tem lá muita gravidade, só achei que valeria a pena relatar, porque a cabeça da gente é mesmo uma máquina muito complexa. Alem do mais, hoje é sexta-feira, o dia da redenção e da alegria! O monstro já se recolheu e eu vou andar um pouco a pé pelo calçadão. Se são verdes ou vermelhos, neste momento eu não quero nem saber. O importante é nunca esquecer que, por toda a extensão da orla, não existem mais sinais, só céu e mar.
Bom final de semana a todos!

sábado, 8 de maio de 2010

fugir dos padrões é um tipo de padrão?

Ecclésiaste 3

Il y a un moment pour tout et un temps pour chaque chose sous le ciel :

un temps pour enfanter et un temps pour mourir,
un temps pour planter et un temps pour arracher le plant,
un temps pour tuer et un temps pour guérir,
un temps pour saper et un temps pour bâtir,
un temps pour pleurer et un temps pour rire,
un temps pour se lamenter et un temps pour danser,
un temps pour jeter des pierres et un temps pour amasser des pierres,
un temps pour embrasser et un temps pour éviter d’embrasser,
un temps pour chercher et un temps pour perdre,
un temps pour garder et un temps pour jeter,
un temps pour déchirer et un temps pour coudre,
un temps pour se taire et un temps pour parler,
un temps pour aimer et un temps pour haïr,
un temps de guerre et un temps de paix.

Quel profit a l’artisan du travail qu’il fait ?
Je vois l’occupation que Dieu a donnée aux fils d’Adam pour qu’ils s’y occupent.
Il fait toute chose belle en son temps ; à leur cœur il donne même le sens de l'éternité
sans que l’homme puisse découvrir l’œuvre
que fait Dieu depuis le début jusqu’à la fin.
Je sais qu’il n’y a rien de bon pour lui que de se réjouir
et de se donner du bon temps durant sa vie.
Et puis, tout homme qui mange et boit et goûte au bonheur en tout son travail,
cela, c’est un don de Dieu.
Je sais que tout ce que fait Dieu, cela durera toujours ;
il n’y a rien à y ajouter, ni rien à en retrancher,
et Dieu fait en sorte qu’on ait de la crainte devant sa face.
Ce qui est a déjà été, et ce qui sera a déjà été, et Dieu va rechercher ce qui a disparu.

tempos modernos


Nada pessoal, só mais um daqueles episódios curiosos que a gente sente que deve repartir.

Me chamaram para tomar um sorvete dia desses. O convite partiu pela internet assim meio do nada e eu fiquei surpresa e feliz, pois achei bonito alguém se lembrar de um inocente sorvete quando o mundo vem cheio de tecnologia, pirotecnia e esquizofrenia em cima da gente o tempo todo.

Aceitei o geladinho de coração aberto, mas não levei, para minha tristeza e decepção. Aliás, levei sim: um belo dum sorvete na testa, em forma de mensagem virtual. Vivendo e aprendendo, JB: nos tempos modernos, até sorvete vira Avatar!

Não sei o que há com as pessoas de hoje: se é segurança de mais ou de menos. Não sei se é medo ou desapego, mas tem alguma coisa esquisita acontecendo que está nos afastando cada vez mais, fazendo com que sejamos todos reféns de relacionamentos meramente virtuais. A vida real fica esperando primeiro o desenrolar dos personagens 'internéticos' para depois acontecer, quando deveria ser o inverso!

Enfim, não foi uma grande coisa, mas me pareceu sintomática o suficiente para virar assunto.
Da próxima vez, se alguém me oferecer um pirulito ou um saquinho de pipoca por esses meios, acho que vou responder assim: claro, quero sim, me manda por e-mail!

Eu, hein!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

o porvir e a fabi

a novidade do momento é que eu ando acreditando naquelas tais coisas da vida e adorando ser feliz.
quando dei início ao blog, estava satirizando o meu destino e tentando buscar algum sentido nas tragicomédias do dia-a-dia, com bastante ironia e veneno.

porém, o último sinal que tive de que talvez as coisas não sejam tão aleatórias assim foi o começo da minha amizade com a fabiane pereira. eu me dei ao trabalho de passar anos e anos acreditando que a moça não gostava de mim, embora tivéssemos muitos amigos em comum, e nunca procurei me aproximar. de repente, aquela vontade de chegar perto e ver ‘qualé’ me fez descobrir uma pessoa incrível, que não só se tornou uma grande amiga em tempo recorde, como entrou na minha vida já implementando melhorias!

destino ou não, escrito ou não, hora certa ou não, o fato é que muitas vezes a gente questiona tudo de ruim ou doloroso que acontece sem esperar o resfriamento do problema, julga sem saber, põe em dúvida o lado bom de tudo e a beleza do porvir. aí de vez em quando uma coisa dessas acontece e você pensa: depois que se fecham algumas portas, janelas com vista para o mar se abrem.
valeu, amiga, você arrasa!

ô, coisa boa é viver.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Me empresta, Elisa?



Me empresta, Elisa?

" Safena

Sabe o que é um coração
Amar ao máximo de seu sangue?
Bater até o auge de seu baticum?
Não, você não sabe de jeito nenhum.
Agora chega.
Reforma no meu peito!
Pedreiros, pintores, raspadores de mágoas
Aproximem-se!
Rolos, rolas, tinta, tijolo
Comecem a obra!
Por favor, mestre de horas
Tempo, meu fiel carpinteiro
Comece você primeiro passando verniz nos móveis e vamos tudo de novo do novo começo.
Iansã, oxum, afrodite, vênus e nossa senhora
Apertem os cintos
Adeus ao sinto muito do meu jeito
Pintos ventres pernas
Aticem as velas
Que lá vou de novo na solteirice
Exposta ao mar da mulatice
À honra das novas uniões
Vassouras, rodos, águas, flanelas e cercas
Protejam as beiras
Lustrem as superfícies
Aspirem os tapetes
Vai começar o banquete
De amar de novo
Gatos, heróis, artistas, príncipes e foliões
Façam todos suas inscrições.
Sim. Vestirei vermelho carmim escarlate
O homem que hoje me amar
Encontrará outro lá dentro.
Pois que o mate."



terça-feira, 18 de agosto de 2009

Navalha de Bosco e Blanc

Aconselho a quem ainda não possui o novo álbum " Não vou pro céu, mas já não vivo no chão" dedicar-se a ouvi-lo com todos os sentidos. É um disco lindíssimo, que traz um violão mágico e uma voz tão doce quanto poderosa. Tenho certeza que dele sairão alguns novos clássicos da nossa MPB, dentre eles a segunda faixa: Navalha. Impossível deixar passar essa canção sem tecer alguns comentários. Primeiro porque ela nos leva a uma viagem sonora por outros tempos da dupla Bosco & Blanc, embora o tempo presente também seja muito especial. Segundo porque qualquer pessoa que já tenha sofrido por amor e que ainda mantenha abertas suas feridas, sentirá a carne cortando quando ouvir os versos: " Aí, eu fui crucificado/ nos cravos do teu amor/ não me lembro de outra coisa/ que causasse tanta dor/ mesmo pregado na Cruz/ sinto falta da navalha/ sou escravo, Deus me valha/ daquele raio de luz".

Para conferir um trecho de Navalha e de todas as outras músicas do CD novo, basta acessar o site: www.joaobosco.com.br


Beijo, beijo!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Contagem progressiva para os 30

O medo sumiu e agora eu já to até gostando da idéia. Depois de passar pela fase da negação, resolvi encarar Balzac de frente e fazer valer as 250 pratas gastas em cada uma das minhas indispensáveis sessões de análise. Projetei uma imagem dos meus 30 anos de sucesso absoluto: mudanças na carreira, mil possibilidades e o tempo amigo correndo comigo em direção ao sol. Será que aquele regime acontece dessa vez? Será que aparece alguém? Quem sabe? Eu não sei e nem quero saber, só me interessa andar e curtir o caminho. Afinal de contas, já dizia Pessoa: navegar é preciso, viver não é preciso.
Pulsão de vida? Sim, obrigada.

Bota mais um limão!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Mr. Leery knows it all

Com todo o respeito aos neurônios adeptos do cinema francês, sou da tchurma que também gosta muito desses seriados americanos engraçadinhos que pipocam na TV a cabo e chego a passar madrugadas vendo as reprises daqueles que já foram extintos. Seinfeld, por exemplo, foi o vício que escolhi para substituir a nicotina quando parei de fumar, no dia 14 de setembro de 2004. Já devo ter visto todos os episódios de todas as temporadas, ao menos umas quatro vezes cada, e posso garantir: nunca me canso.

Transferências à parte, existiu uma série bem bobinha uns anos atrás chamada Dawson's Creek, em que o personagem principal, o Dawson, era um adolescente gente boa e sonhador, apaixonado por cinema e por sua melhor amiga de infância, interpretada por uma Katie Holmes feinha e desengonçada, muito diferente daquele mulherão exuberante que hoje é a poderosa Sra. Cruise.

A série não era das melhores: personagens mal construídos, atores mal formados, roteiro mal escrito, enredo mal costurado, etc. Muito longe do brilhantismo de Jerry Seinfeld. Mas até que quando Dawson cresceu e começou a estudar cinema os episódios ficaram recheados de referências bacanas e o programinha acabou ganhando minha atenção. Um pouco depois ficou ruim de novo e eu larguei de mão de vez sem o menor remorso, mas tem um episódio que eu adoro e do qual sempre me lembro, porque dele saiu uma brincadeira divertida que costumo replicar por aí e que sempre me surpreende por seus resultados.

É só fazer o teste: pergunte a um amigo seu qual o filme que ele mais gosta e a resposta virá mais ou menos assim:

Se for aquele amigo metido a cult, meio sombrio, com tendências à depressão e que jura adorar curtir uma solidão sábado à noite: Morangos Silvestres; O Anjo Exterminador; Festa de Família, etc.

Se for aquele amigo mais esperto, provável sucessor do pai na presidência da empresa da família, meio cretino de criação: O Poderoso Chefão (e suas seqüências); Advogado do Diabo; 11 Homens e um Segredo (e suas seqüências), etc.

Se for aquele eterno revolucionário idealista-anarquista-incendiário: Laranja Mecânica; Edukators; Irreversível, etc.

E por aí vai. Imaginou? Pois é.

Mas, eis a grande sacada: segundo o grande guru Dawson Leery, todo mundo tem um filme preferido, um filme que geralmente nos apoiou durante a difícil passagem pela adolescência, daqueles que a gente não assume e chega a sentir vergonha quando alguém nos pega assistindo quando já somos adultos e formadores de opinião, principalmente porque nos fazem transbordar em lágrimas. Estes filmes geralmente ocupam um lugar muito especial por alguma questão afetiva, e acabam revelando muito mais de nós do que esses outros, escolhidos conscientemente.

A gente se apaixona por um filme através de um personagem ou de uma estória que nem sempre é a mais inteligente, mais incrível ou premiada. Simplesmente é aquela que nos traz uma sensação de conforto, de amparo e passa a ser impossível resistir a ele mesmo quando é exibido pela 12ª vez no mês durante a sessão da tarde. Quem nunca se emocionou com a perseverança daqueles dois irmãos em Caravana da Coragem? Duvido que os Ewoks até hoje não estampem sorrisos nos seus rostos com aquelas carinhas fofas e peludas! E Dirty Dancing? Quem nunca quis ser aquela menina e aprender a dançar com o Patrick Swayze? E o clássico dos clássicos: Curtindo a Vida Adoidado! Quanta gente tomou coragem para matar aula depois de ver esse filme? É claro que La Vie Revée des Anges é maravilhoso, profundo, uma obra prima, mas o Mathew Broderick também deu um show como Feris Bueller, não deu?

Colocando a vergonha de lado, vim aqui disposta a assumir qual é meu e me expor ao ridículo de ser alvo dos meus impiedosos amigos. E eu sei que alguns podem ser bem escrotos!

Contudo, lanço a pergunta ao vento, copiando o fofo do Dawson: e você, consegue me dizer qual é realmente o seu filme preferido?


And the winner is:


>>> TOP GUN
Ok, hoje ele é um maluco que pratica essa tal de cientologia e quase comeu a placenta da mulher quando a filha nasceu, mas o Tom Cruise desse filme, do alto de sua canastrice, óculos escuros, calça apertadinha, arrancando com aquela moto da casa de sua chefe-amante, foi o habitante supremo dos meus sonhos durante muitos e muitos anos! Até hoje, se tem Top Gun na TV, Julia não sai de casa... Sem contar que o mega-hit "Take my Breath Away" ainda hoje me causa arrepios em partes bastante escondidas do corpo. É um filme absolutamente irresistível para mim, com certeza, meu nº 1.

Pronto, falei!


PS: Saudade...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

.:. Frozen Words .:.

Não funciono bem em baixas temperaturas.
O frio é tanto, que congelei o blog temporariamente...
Assim que esquentar um pouco, volto com tudo!
Beijos
;-)

terça-feira, 26 de maio de 2009

O meu pai

Eu sou muito fã do meu pai. Aliás, eu sou muito fã da minha mãe e do meu irmão também. Fui abençoada ao nascer numa família de pessoas tão especiais. Mas o meu pai é aquela coisa, né? Xodó de filha mulher, tem todo aquele lance que Freud tentou explicar e tal... Sou apaixonada por ele mesmo, e por isso roubei lá do site (www.joaobosco.com.br) um texto que ele escreveu e eu acho incrível. Chama-se auto-retrato. Vou postar aqui para vocês lerem.

Beijocas!


"Há uma suspeita de que a escassez de cabelos na cabeça influi na quantidade do sono. Enquanto isso meu nariz aponta para a linha do nada onde tudo se reparte em idéias, ilhas e continentes. Meus olhos confirmam tudo. A minha boca é toda ouvidos para o meu coração. Os meus ouvidos atentam para outras bocas.

Amamentado pelo meu violão, moro na estrada. Sem saber quem sou e nem porque vim, eu vou. Da primeira vez que nasci, lá pelo ano de 1946, trouxe comigo uma grande alegria para o meu pai que até aquele momento contabilizava o feito de cinco moças e mais os olhares interrogativos e desconfiados da colônia árabe pontenovense. Como primeiro filho homem ajudei em sua redenção.

Cresci em meio aos matagais, trilhas, mata-burro, veredas e grutas; descalço, tive os pés regulados para andar por esses caminhos ao som de pios de uma fauna alegre e ingênua; matuto, vivia contando estrelas, ouvindo carrilhões e sonhava muito.

Quando os libaneses se reuniam em nossa casa, se entendiam naquela língua de quem gosta de montar em camelo. Eu achava aquilo meio estranho. Era como clamar no deserto.

Logo depois eu aprendi a fumar, matar as aulas de um Colégio Salesiano, e fui apresentado a um anjo de grande topete negro, envergado sobre uma guitarra, cuja canção dizia para mim: Vai João, ser torto na vida. Passei pela terra de Aleijadinho e o meu coração que até então era vadio, ficou barroco. Subi e desci ladeiras. Descobri que na vida existem mais hipóteses que teoremas. Supor é melhor que demonstrar e na dúvida mora a vontade de continuar.

Foi assim que deixei a memória, o patrimônio de séculos construídos pelas mãos do homem, o calçamento em forma de pé-de-moleque, o silêncio das almas, o barulho interno de minha alma. Calcei os sapatos, peguei o trem e vim pra cá, onde as ruas são largas, retas e simétricas; as sirenes são cortantes e os pastores das almas são barulhentos. O vizinho não mora ao lado, as árvores são introvertidas e os pios das aves são intrigantes.

Quando nasci da segunda vez, o meu coração bateu aflito. Mas logo que vi o mar, serenei pois tudo que havia existido voltou subitamente e volta sempre quando estou caminhando no calçadão que vai do Leblon ao Arpoador. Aí, o que foi e o que poderia vir a a ser andam comigo, incluindo as sementes, o pão de queijo e a goiabada cascão.

Os meus filhos Francisco e Júlia nasceram aqui mesmo cujo padroeiro (São Sebastião) é o mesmo da minha cidade natal. Ângela, minha companheira inseparável em todas essas andanças e mãe dos nossos filhos, foi criada em Ponte Nova mas também é natural da Cidade Maravilhosa. Bem que eu devia ter desconfiado que aquelas Congadas e Folias me trariam até Clementina de Jesus. O meu coração ficou ativo e cantou: “Atividade no Abano / Antes que o fogo se apague”.

Eu sou do signo de Câncer, por isso prefiro uma toca, entretanto aprendi a contrariar o meu signo várias vezes, por isso gosto tanto de viajar por esse mundo afora, só não consigo contrariar o meu signo de mineiro.

Eu sei que esse deveria ser um retrato pintado ou desenhado, falado ou escrito do autor pelo próprio autor, mas quando se trata de revelar-me, prefiro assim, meio de lado (do jeito que a gente anda no samba), no lugar de frente ou verso. O silêncio, a liberdade e a terceira margem do rio foram inventados em Minas Gerais.

O amor é o meu dia de folga. Meu melhor trabalho é a minha família, minha alegria é Rubro-Negra. Quem sabe de mim é o meu violão. Nesse fim de semana, se eu não for pra Belô, a gente se cruza do calçadão."

João Bosco




domingo, 24 de maio de 2009

Vamos à lista! (Se você chegou agora, bem vindo! Leia o post anterior primeiro =P)

E você acha que certas coisas só acontecem com você?

1º:
Sair para beber com aqueles seus amigos mais alternativos no meio da semana, achar que é cult por estar fazendo um programa diferente com a galera de cinema, e dar de cara com seu analista no meio de uma "pesquisa de campo" na Vila Mimosa. Sendo a próxima consulta dali a dois dias, você precisará decidir se volta e encara o sujeito, ou finge que foi abduzida e nunca mais aparece;

2º:
Receber uma multa com a foto do seu carro excedendo o limite de velocidade de um pardal pela cidade justamente naquela noite em que você estava em São Paulo a trabalho. Pela foto você pode identificar o condutor, seu namorado, mas não consegue identificar quem é a mulher que está ao lado dele e muito menos o que eles estão fazendo na altura do número 360 da Praia do Flamengo, às 04h21min da manhã de uma quinta-feira, dentro do SEU carro;

3º:
Receber um e-mail de piadas inteligentes e repletas de baixarias de um carinha por quem você tem algum interesse, responder com uma indireta provocante bem intencional, mas em vez de apertar o "reply", escolher o "reply all". Detalhe: no momento em que a cagada é feita, você corre para checar os nomes entre os enviados e se depara com o e-mail da namorada do cara, que é sua conhecida, e daquele seu ex-namorado especial, que é um dos melhores amigos dele;

4º:
Discutir feio num salão de cabeleireiros chiquetérrimo em Ipanema com uma cliente perua e mal-educada, que insiste em fumar um cigarro com piteira dourada na sua cara enquanto você termina de fazer as unhas para uma entrevista de emprego na hora seguinte. Depois do constrangimento causado pela bateção de boca com a mãe da Barbie por alguns minutos, você percebe que todos os funcionários tomaram partido por ela e resolve logo pagar e ir embora do salão irritadíssima, jurando nunca mais pisar ali. Alguns minutos e muitos reais perdidos depois, você descobre que ela é a tal gerentona do departamento de Marketing para o qual você TERIA uma entrevista naquela mega-empresa aquele dia...;

5º:
Chamar o Oswaldo para instalar sua televisão de plasma nova e aproveitar a viagem para pedir que ele dê uma limpada no seu aparelho de vídeo antigo. O problema é não saber que já existe um filme lá dentro esquecido pela anta do seu ex-namorado, e que é esse que ele vai usar para testar a qualidade da imagem. Durante alguns segundos, você é obrigada a assistir junto com o Oswaldo a um daqueles filmes nacionais de sacanagem bem toscos e sujos. É claro que você corre para desligar o troço e ainda vai se justificando pelo meio do caminho: aquele idiota do fulano deixou isso aqui, desculpa Oswaldo! Mas não sem antes ter visto uma dupla penetração seguida de um "isso, vai garanhão, me fode com força";

6º:
Descobrir no almoço de domingo que aquele gatinho ótimo que você conheceu, pegou e finalizou na terça-feira à noite no Baixo Leblon é o novo super-namorado da sua prima mais gente boa;

7º:
Esperar três meses uma vaga na agenda lotada daquele tal endocrinologista cuja consulta custa o seu salário inteiro, mas que todo mundo comenta ser capaz de transformar qualquer Silvia Poppovic em Gisele Bundchen, e chegar ao consultorio de calcinha sem costura bege e sutien descombinado preto, ainda sem depilar a virilha, e descobrir que o cara não é um vovô barbudo, e sim aquele amigo do seu irmão da época do Bahiense lindo de morrer, antes conhecido como Paulinho da praia, hoje o famoso, bem sucedido e ainda solteiro Dr. Paulo Guimarães. O pior de tudo: é claro que ele se lembra de você;

8º:
Deixar o celular dentro da bolsa sem bloquear o teclado, encontrar sua amiga num bar para conversar e desabafar todas as suas neuroses, e descobrir que há 32 minutos o seu aparelho discou justamente para quem era o tema da conversa e que a pessoa pode estar escutando tudo pelo telefone;

9º:
Ser forçada por sua mãe a sair com o filho francês da amiga francesa que parece um príncipe de tãaaao lindo, que é inteligente, brilhante, culto e super bacana, que tem mais ou menos a sua idade e os mesmos interesses que você, e que ainda é um canal aberto para quando você quiser visitar Paris; mas descobrir que o cara é: um banana infantilóide, pão duro pra cacete, chato e desinteressante, feio e da pele rosa e ainda por cima fedorento até dizer chega. Além de tudo isso, você ainda gasta uma grana na noite, porque o cara cisma que o anfitrião é quem paga a conta, e volta pra casa com o nariz ardendo e muita dor de cabeça;

10º:
Ficar presa dentro do consultório com sua psicóloga das 7h às 9h da manhã, porque ninguém imaginaria que alguém marcasse a consulta para tão cedo e exatamente por isso a outra médica a dividir o consultório de duas salas teria combinado com o chaveiro a troca das fechaduras para esse horário. A surpresa maior é descobrir que a mulher sofre de claustrofobia e está hiperventilando na sua frente, em meio a uma crise de ansiedade nunca antes vista!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Quinhetas e quarenta e nove milhões de coisas que você precisa fazer antes de morrer, ou sua vida não terá valido de porra nenhuma!

Andei pensando um dia desses nessa mania de listas de coisas a se fazer antes de morrer. Quem me conhece minimamente sabe que detesto todo e qualquer assunto que me leve a pensar sobre a possibilidade de um dia eu morrer (acreditem ou não, ainda estou na fase de negação), porque o tema em si me dá calafrios até na alma! Mas é fato que as livrarias estão inundadas desses Best Sellers e a gente acaba tendo a curiosidade de dar uma conferida se estamos nos preparando direitinho para a passagem, ou se vamos ficar devendo por aqui.

Estive na Saraiva ontem e dei uma boa examinada na seção referida antes de ir às compras.

Dispensei logo aquele dos vinhos: se não tenho grana nem para o livro, imagina para um Romanée Conti! Também passei batida por aquele das melhores experiências gastronômicas. Sigo tentando me convencer que estou de regime e alface com frango grelhado não deve ter entrado na lista. Fiquei com vontade de comprar um que fala dos lugares a serem visitados antes de visitarmos o ‘Cara’, mas desisti pela mesma limitação financeira de antes. Acabei ficando no óbvio e comprei o dos livros e discos. Ainda não os li, até porque não pretendo morrer tão cedo e quero acreditar que tenho bastante tempo. Mas fiquei com vontade de entrar nessa onda e fazer um para mim também!

Como o blog é meu, a lista é minha e aqui sou eu quem mando,
resolvi lançar uma versão de bolso destes clássicos “coisas que você deve fazer antes de morrer”. Neste caso, especialmente em respeito ao precioso tempo de vocês, serão listadas apenas 10 e a proposta é inversa:


“As dez situações pelas quais você NÃO deveria passar antes de morrer”

Para tentar fazer um climinha de mistério, virão no próximo post!

Enquanto isso, vou abrir uma garrafa de Miolo mesmo, condiz mais com a minha realidade.


Beijo. Não me liga.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Difícil é vida de pingüim...

A gente reclama, reclama, reclama e não para de reclamar nunca mais: homem nenhum presta nesse mundo, o chefe é uma mala, a mãe quer um neto e você nem namorado fixo tem, a vida está muito difícil, etc.
São os 30 chegando com força, darling, acostume-se porque não vai melhorar!

Agora para e pensa: na Antártida, em todo mês de março, centenas de pingüins fazem uma jornada de milhares de milhas de distância pelo continente a pé, enfrentando animais ferozes, temperaturas absurdamente frias, ventos congelantes, através de águas profundas e traiçoeiras.
O objetivo da viagem? Encontrar o amor verdadeiro.


O Baixo Gávea ficou bem mais agradável agora, não?

Avante, companheiras!

Mea Culpa

aos que se decepcionaram com o conteúdo do blog, peço desculpas por fazê-lo parecer um diário.
mas quem resiste?

terça-feira, 19 de maio de 2009

Perdendo o cabaço literário

Gente, preciso confessar: eu to adorando esse lance de blog.

É muito bom ser livre para escrever sobre qualquer coisa que venha à cabeça, sem precisar me preocupar com absolutamente nada! Aqui eu cago baldes para a reforma ortográfica, para o Lula, o PT e todo o resto. Minhas idéias têm acento e a ordem da casa é: sempre trema em cima da lingüiça!

Eu tinha verdadeiro pa-vor daquelas redações nos tempos da escola em que a gente era obrigado a escrever sobre temas que não tinham absolutamente nada a ver com nosso clima no dia: escreva uma dissertação com no máximo 25 linhas sobre "O Brasil nas Olimpíadas de Seoul". Aquilo traumatiza uma criança, ainda mais uma que está perdidamente apaixonada pelo Michael J. Fox em De Volta para o Futuro!

Aliás, falando em trauma, trema e lingüiça, esse exercício de tentar manter um blog minimamente interessante para meus amigos insones tem me feito muito bem. Já que a grana não banca duas sessões de análise por semana, me derramo por aqui mesmo. Mas onde entra aquela lingüiça? Ah, sim. Numa máxima sobre casamento que recebi outro dia de alguém pela internet:

“As mulheres precisam entender que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma lingüiça!”.

Tremi!